É importante saber onde está e como o seu público se informa

É importante saber onde está e como o seu público se informa

No início do mês, a CazéTV, canal do YouTube criado pelo influenciador digital Casimiro Miguel, chegou ao final da cobertura dos Jogos Panamericanos de Santiago do Chile. Foi a primeira vez que o torneio esportivo ficou fora das emissoras de TV tradicionais desde 1995. Mas, mesmo assim, a empreitada online colheu bons frutos: as transmissões atingiram 65 milhões de pessoas e gerou mais de 240 milhões de videoviews nas plataformas digitais.

Além dos números favoráveis, a exibição das competições em uma plataforma online também atraiu a atenção do jovem que não está acostumado a assistir televisão. Por outro lado, houve queda na audiência entre o público de idade mais avançada, habituado a acompanhar esportes pela TV tradicional. De qualquer forma, o resultado foi comemorado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, que viu nesses números um indicador estratégico sobre como falar diretamente com os jovens. Tanto que a entidade já está mirando a exibição dos Jogos Olímpicos de Paris.

Esse caso mostra como uma estratégia de comunicação deve levar sempre em conta onde está e qual é o tipo de mídia consumido por cada um dos públicos. Além disso, um bom planejamento também deve questionar qual é o objetivo de cada ação e qual é o meio – ou a publicação – mais indicada para a “entrega” de determinada mensagem.

De acordo com o Digital News Report 2023, produzido pelo Reuters Institute e pela Universidade de Oxford, 79% dos brasileiros utilizam canais online para buscar informação, 57% têm as redes sociais como fontes de notícias, 51% se informam pela televisão e apenas 12% utilizam meios de comunicação impressos para ler notícias – índice que permanece estável nos últimos três anos.

Mas é importante lembrar que grande parte desse consumo online de notícias acontece nos portais dos grupos tradicionais de mídia, que há alguns anos já estão migrando para esse formato. Ou seja, o jornalismo profissional mantém o seu prestígio e confiabilidade como meio de boa informação.

A forma como as pessoas buscam informações tem evoluído ao longo dos tempos, impulsionada pelas mudanças tecnológicas e sociais. Cada geração tem suas próprias preferências, influenciando diretamente a maneira como consomem e compartilham informações. Confira abaixo:

Geração X (nascidos entre 1965 e 1980): Entre o Analógico e o Digital

Para a Geração X, a transição da era analógica para a digital foi marcante. A busca por informações ainda abraça os meios tradicionais, como jornais impressos e televisão. Muitos membros dessa geração encontram conforto na rádio, especialmente em situações de mobilidade.

Geração Y (nascidos entre 1981 e 1996): Nativos Digitais à Frente do Jogo

Os Millennials, nascidos na era da internet, são os verdadeiros nativos digitais. A busca por informações acontece predominantemente online, através de sites de notícias, blogs e redes sociais. Plataformas como Facebook, Twitter e Instagram tornaram-se seus principais portais de notícias, enquanto podcasts e vídeos online complementam essa jornada informativa. Essa geração absorve informação de maneira ávida e instantânea.

Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012): O Futuro Visual da Informação

A Geração Z, nativa digital desde o início, destaca-se pela sua relação próxima com a tecnologia. Sua busca por informações é visual e rápida, preferindo plataformas como TikTok e Instagram. Notícias e entretenimento se fundem nesse universo online, onde a comunicação acontece de forma eficiente e envolvente. Aplicativos de mensagens instantâneas e feeds de notícias personalizados são os protagonistas dessa narrativa.

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